A enxaqueca é uma condição neurológica complexa, frequentemente mal compreendida. Para mais de 30 milhões de brasileiros, ela é muito mais do que "uma simples dor de cabeça". É uma experiência que impacta a vida em profundidade — e exige cuidado real, não simplificações.

A Verdade Sobre o Ômega 3 e Enxaqueca

O ômega 3 não é uma cura para enxaqueca – nada é. Se alguém promete resolver suas crises apenas com cápsulas, questione.

O que os estudos demonstram, no entanto, é algo mais nuançado: pessoas com enxaqueca frequentemente apresentam níveis mais baixos de ácidos graxos ômega 3 e um desequilíbrio entre ômega 3 e ômega 6 (presente em alimentos processados e óleos vegetais refinados). Restabelecer este equilíbrio pode ajudar – para alguns, significativamente; para outros, de forma mais discreta.

EPA e DHA: Os Componentes Que Realmente Importam

Quando falamos de ômega 3, não estamos tratando de uma substância única, mas principalmente de dois ácidos graxos específicos:

  • EPA (ácido eicosapentaenoico): atua principalmente na redução de marcadores inflamatórios, incluindo aqueles envolvidos na cascata da dor.

  • DHA (ácido docosahexaenoico): compõe cerca de 40% dos ácidos graxos no cérebro, influenciando diretamente a estrutura e função neuronal.

A maioria dos suplementos do mercado destaca o "total de ômega 3" – como se todos os componentes fossem igualmente relevantes. Não são.

O Que Dizem os Estudos (Sem Exageros)

Um estudo publicado no The BMJ em 2021 acompanhou 182 pessoas com enxaqueca, divididas em três grupos: dieta rica em ômega 3, dieta com redução de ômega 6, e combinação das duas abordagens. Os resultados foram reveladores:

  • O grupo que apenas aumentou ômega 3 teve redução modesta na frequência das crises.
  • O grupo que apenas reduziu ômega 6 também mostrou melhora limitada.
  • Mas o grupo que combinou alto ômega 3 com baixo ômega 6 apresentou redução média de 40% na frequência e 30% na intensidade das crises [1].

Outros estudos sugerem que a proporção entre ômega 3 e ômega 6 na dieta pode ser mais importante que a quantidade absoluta de ômega 3 [4].

Por Que a Concentração de DHA Faz Diferença?

Aqui está o ponto crucial que a maioria das marcas não menciona: o DHA desempenha papel específico na saúde neurológica que o diferencia do EPA.

Escolhemos concentrar mais DHA (1000mg) que EPA (400mg) em nossa fórmula porque a pesquisa neurológica aponta para o papel crucial do DHA na manutenção da integridade cerebral – não é um acaso, é uma decisão baseada em evidências.

O DHA é o componente predominante nos fosfolipídios das membranas neuronais, influenciando sua fluidez e função. Estudos em neurofisiologia mostram que níveis adequados de DHA podem modular a excitabilidade neuronal – justamente um dos mecanismos alterados durante crises de enxaqueca [2,3].

O Que Esperar (Honestamente)

O ômega 3 não funcionará da mesma forma para todos. Pesquisas indicam que pessoas com padrões inflamatórios específicos e certas variações genéticas respondem melhor à suplementação.

Para aqueles que respondem, os benefícios geralmente se manifestam gradualmente – semanas a meses, não dias. E mesmo nesses casos, o ômega 3 é tipicamente um redutor de frequência e intensidade, não um eliminador completo das crises.

Integração Consciente na Sua Rotina

Se você decidir experimentar o ômega 3 como parte do seu arsenal contra a enxaqueca, considere:

  1. Qualidade antes de preço: Óleos de peixe oxidados ou contaminados podem fazer mais mal que bem.

  2. Concentração de DHA: Busque fórmulas com proporção significativa deste componente específico.

  3. Consistência: Benefícios frequentemente emergem com o uso contínuo, não esporádico.

  4. Contexto amplo: Combine com redução de ômega 6 na dieta para potencializar resultados.

No Ômega 3 DHA MAX da Nutrizion, priorizamos a concentração elevada de DHA (1000mg) justamente por seu papel específico na função neurológica. Não promete milagres, mas oferece um pilar específico para quem busca uma abordagem baseada em evidências para o manejo da enxaqueca.

Porque acreditamos que o verdadeiro cuidado começa com informações completas – não apenas aquelas que vendem mais frascos.

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Este artigo tem caráter informativo e não substitui a orientação médica. Se você sofre de enxaqueca, consulte um neurologista para uma avaliação completa e personalizada.

Referências

[1] Ramsden CE, Zamora D, Faurot KR, et al. Dietary alteration of n-3 and n-6 fatty acids for headache reduction in adults with migraine: randomized controlled trial. BMJ. 2021;374:n1448. doi:10.1136/bmj.n1448

[2] Calder PC. Mechanisms of action of (n-3) fatty acids. J Nutr. 2012;142(3):592S-599S. doi:10.3945/jn.111.155259

[3] Dyall SC. Long-chain omega-3 fatty acids and the brain: a review of the independent and shared effects of EPA, DPA and DHA. Front Aging Neurosci. 2015;7:52. doi:10.3389/fnagi.2015.00052

 

[4] Simopoulos AP. The importance of the ratio of omega-6/omega-3 essential fatty acids. Biomed Pharmacother. 2002;56(8):365-379. doi:10.1016/s0753-3322(02)00253-6